Os melhores filmes em DVD que assisti ultimamente são: “Os Sentidos do Amor”, “Anti-Heróis”, “Eva Braun, Sua vida com Adolf Hitler”, e “O Rei dos Ladrões”.
Ainda vai ser lançado nos EUA “Os
Sentidos do Amor”(Perfect Sense/UK 2011, foto) filme de David Mackenzie que lembra
“Ensaio sobre a Cegueira” que o brasileiro Fernando Meirelles realizou nos EUA
com base no livro de José Saramago. Aqui, em “Sentidos...”, as pessoas começam
a perder o olfato. O roteiro de Kim Fupz Aakeson detém-se no casal Michael
(Ewan McGregor) e Susan (Eva Green), ele funcionário de um restaurante ela uma
epidemiologista. A história não se preocupa com a parte cientifica como o processo
de perda dos sentidos é originado, como se dá a propagação da doença. A jovem
médica diz ao namorado que o alvo primeiro são os “sentidos quimicos” e ele
olfato e tato. Mas não demora e aparecem casos de surdez. Espera-se o pior e
nesse caso não há qualquer resquício de thriller, mesmo de aventura policial ou
de ficção comum em cinema. É um lento e inexplicado processo de deterioração do
corpo humano. O fim é a cegueira. Irreversível.
A direção não se preocupa em dar ênfase a determinado quadro à guisa de suspense. O filme é um lento processo de destruição, lembrando aqueles exemplares que exploram guerras nucleares como “Eu Sou a Lei” vendo-se ruas desertas com o lixo sendo levado pelo vento. Esse tratamento revela a preocupação de se focalizar um drama introspectivo em meio a um cenário de caos. Há quem digam em uma cena, que sem alguns sentidos as pessoas ficam mais amigas, mais afáveis, se abraçando quando se encontram. O paradoxo de se aprender a viver quando a vida perde muito de sua orientação física.
É pouco provável que o filme chegue aos cinemas locais. É bom consultar logo o DVD (ou o bluray) ao alcance, nas locadoras.
“Anti-Heróis”(The Sono f No ONe/EUA, 2011) segue um garoto que vivendo no meio de malfeitores é forçado a atirar em um deles. Também derruba outro de uma escada levando-o a morte. Adulto, o menino acaba se tornando um policial. Mas a investigação sobre a morte das duas pessoas, vinte anos antes é reaberta. E há quem tenha interesse em culpar o hoje pai de família e bom profissional. Só há um amigo fiel sobrevivente do caso. E este é também alvo dos perseguidores.
Al Pacino protagoniza um policial veterano que se coloca ao lado do garoto e acompanha o jovem policial (Channing Tatum). Ray Liotta interpreta um delegado corrupto, Katie Holmes, a mulher de Channing (ou Jonathan) e Julitte Binoche uma jornalista que logo é assassinada. Direção e roteiro de Dito Montiel (é o terceiro filme dele). Boa narração e bem afiado elenco, apenas a rendição do roteiro aos clichês do gênero. E em grande escala.
O documentário “Eva Braun e Sua Vida com Adolf Hitler” é um especial de televisão que ninguém assina. Vêem-se filmes domésticos feitos pela própria Eva. E a narração que se diz prender boa parte ao diário que ela deixou ,ajuda nas imagens que refletem uma vida aparentemente despreocupada embora ela diga que “não é propriamente feliz”. Dramático é saber que as crianças com quem a companheira do ditador nazista aparece brincando várias vezes, morreram assassinadas, no caso de Josef Goebbles, pela prórpia mãe quando no fim da guerra(a 2ª Mundial).
“Os Visitantes”(The
Visitors/EUA,1972) é o penúltimo filme de Elia Kazan(1909-2005). Escrito por
seu filho Eric, trata do drama de uma família que mora em uma casa isolada e
recebe a visita de dois ex-colegas do marido na guerra do Vietnam. Os homens
querem se vingar de uma traição e todos da casa são vitima de violência. Um
terror na linha de “A Dama Enjaulada”(1964). A critica recebeu com os piores
comentários dedicados a um filme de Kazan na sua vasta (e premiada) carreira.
Realmente é lamentável o diretor de “Vidas Amargas” tropeçar na área de Sam
Peckimpah.
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