Maggie
Gyllenhaal em "Hysteria". Excelente desempenho.
Mais
filmes inéditos na telona chegando à telinha, graças a essa nova tecnologia do
DVD. Se não fosse isso dificilmente assistiríamos a filmes tão interessantes
que quebram com a rotina do mercado.
Com
direção da norte-americana Tanya Hexel ( irmã da atriz Daryl Hannah) e o
roteiro de Stephen e Jonah Lisa Dyer, baseado numa historia de Howard
Gensler,“Histeria” (Hysteria/UK,2011) não foi exibido nos cinemas locais (e
creio que não chegou a nenhum cinema brasileiro tendo sido lançado diretamente
em DVD). Uma comédia inglesa que focaliza um episódio da historia da medicina.
Trata de uma situação recorrente no século XIX contra as mulheres da época.
Explora a situação do jovem Dr. Mortimer (Hugh Dancy) como aluno do psiquiatra
Robert Dalrymple (Jonathan Price) que passa a tratar de mulheres rotuladas como
histéricas por exibirem um tipo de comportamento incomum na sociedade do século
XIX. Essas mulheres se sujeitavam a massagens intravaginais como única forma de
tratamento de suas crises de angustia. Mais tarde, Mortimer descobre um
aparelho capaz de substituir esse procedimento. Cria o vibrador. Mas ainda
assim persiste o rotulo de histeria em mulheres avessas a uma postura
condicionada pelo mundo em que vivem. O filme termina com a legenda de que só
em 1952 foi eliminado o rotulo de histeria para o tipo de comportamento ou
mesmo sintomatologia. Filme bem narrado, muito simples na sua exposição,
valorizando uma abordagem de um assunto sério. Importante abordagem sobre a
situação das mulheres vistas como ninfômanas porque sentem orgasmo. Nesse caso,
as massagens serviam como meio de atenuar-lhes as sessões depressivas que
sentem. E as que se recusavam a aceitar eram banidas do meio social e tratadas
como prostitutas, sendo presas.
“O
Santo Relutante”(The Reluctant Saint/USA 1962) trata da vida do santo José de
Cupertino. Tido como idiota, vive com a mãe, sozinha quando o pai, alcoólatra,
morre, e posto no convento próximo, graças ao tio padre. Trabalha como serviçal
e certo dia José (Giuseppe) é surpreendido levitando ao rezar diante de uma
imagem de N. Senhora. O fenômeno se repete quando ele, guinado a sacerdote pela
simpatia que lhe dedicou um bispo admirado com a sua simplicidade, ergue-se
durante a celebração da missa na direção do altar. O filme produzido e dirigido
por Edward Dmitryk, um dos presos pelo movimento “maccarthista” nos anos 40,
tem uma linguagem simples e traz dois desempenhos excelentes, o de Lea
Padovani, como a mãe do personagem e, surpreendentemente, de Maximillian Schell
como José, mais conhecido como oficial alemão em filmes de guerra, ganha,
entretanto, a imagem de um palerma, lembrando alguns tipos que o cinema
apresentou, como Forest Gump(Tom Hanks) embora numa linha mais caricata. O
filme recebeu más criticas em seu tempo de estreia, mas hoje se mostra bem
melhor do que muitas obras mais pretensiosas lançadas nesse período.
“O
Substituto”(Detachment/EUA,
“Conspiração
Xangai”(Shngai/EUA,2010) trata de um norte-americano que vai à cidade chinesa
pouco antes do inicio da 2ª.Guerra, ou seja, do bombardeio japonês a Pearl
Harbor. Lá sabe da morte de um amigo e passa a investigar o caso, acabando por
manter romance com uma chinesa. O filme dirigido pelo sueco Mikael Hafstrom tem
todos os elementos de superprodução e a prova está que foi construído um bairro
da cidade onde não foi possível filmar na locação por ordem do governo chinês. No
elenco, James Spader e a musa de Zhang Yimou nos primeiros tempos
dessecineasta, Gong Li.
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