Alian Corneau (1943-2010), cineasta que surgiu no bojo do movimento“nouvelle vague” realizou “Crime de Amor”(Crime d’Amour/França,2009, foto), seu último filme. Aborda a história de duas mulheres executivas integrantes e dirigentes de um escritório de publicidade: Isabelle (Ludibine Sagnier) e Christine (Kristin Scott Thomas). A primeira é subordinada à segunda, nome conhecido no ramo. Quando Isabelle se torna amante do namorado de Christine o conflito se instala e ganha corpo ao emergir a concorrência no trabalho que já vinha de muito antes. Por isso, Isabelle, muito astuta no que faz, engendra a morte da sua parceira e aparentemente amiga. Para isso, ela produz um cenário perfeito para o assassinato de modo a se julgar culpada para depois virar o jogo e incriminar o amante, na ocasião já desfazendo o relacionamento com ela. Boa condução de uma trama policial sem muita novidade e ótimas interpretações. O tipo do filme para se ver em casa, à noite, sem preocupações. Vale como um bom episódio de série de TV.“A Noite dos Generais”(The Night of the Generals/Ingl, 1967) reune o produtor Sam Spiegel (“A Ponte do Rio Kwai”) com o diretor Anatole Litvak (“Anastácia”, “A Cova das Serpentes”). É o penúltimo filme de Litvak e uma produção grandiosa como era comum para Speigel. Trata de um caso de assassinato de prostituta na França ocupada pelos nazistas (2ª.Guerra Mundial). A testemunha de um dos crimes (foram 3) viu as calças do criminoso e notou uma tarja vermelha característica da farda de um general alemão. O investigador (Omar Shariff), oficial alemão, passa a analisar o caso e 3 generais não possuem alibi para a noite do crime. Mas a narrativa caminha para um episódio crucial da guerra, o atentado a Hitler em 20 de julho de 1944. As pistas convergem para o Gal.Tanz (Peter O’Toole), um maniaco. E a investigação não termina com o armistício em 1945. Vinte anos depois o assunto volta à baila com um inspetor francês (Philippe Noiret).
Narrativa correta amarrando bem ficção e história real. Peter O’Toole está no papel que gosta de fazer, exibindo a máscara de um tresloucado. O tipo do filme que resiste bem ao tempo e, no DVD, o enquadramento original está respeitado. Vale a pena (re)ver.
Em “3 Dias de Gloria”(Three Days of Glory/EUA,1944) o ator veterano Errol Flynn protagoniza um ladrão que em uma de suas atividades brigou com um segurança, derrubou-o sendo fatal a queda. Preso na França de 1943 ocupada pelos nazistas, ele é levado à guilhotina. Mas na hora da morte aviões ingleses bombardeiam o local e ele foge. Procurando um comparsa arranja dinheiro e passaporte para fugir da zona de ocupação. Mas não resiste aos encantos da esposa desse amigo, é flagrado e novamente preso. Agora depende de um inspetor francês muito cioso de seus deveres (Paul Lukas). Quando volta a Paris para ser guilhotinado sabe, ainda no trem, que a resistência aos nazistas bombardeou uma ponte. E os oficiais germânicos pretendem matar 10 franceses se o sabotador não se identificar. Surge a idéia de se apresentar como sabotador e trocar a sua vida, já considerada perdida, pelos inocentes que seriam fuzilados.
História que se acompanha de um fôlego. Direção do hábil Raoul Walsh. Um bom exemplar do cinema da fase de ouro de Hollywood.REGISTROA partir desta quarta feira (14) estarei publicando a tradicional relação de filmes exibidos em Belém (cotação Bom e Excelente) para servir de parâmetro de escolhas aos leitores deste espaço, assim como, aos colegas da ACPPA. Aguardem.MELHORES VIDEOS DA SEMANA (indicações da coluna)
- A Árvore da Vida
- A Noite dos Generais
- Paris à Meia Noite
- Toda Forma de Amor
- Minhas Tardes com Margheritte
- 7 Dias de Maio
- Madame De...
Há 3 horas
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