“Prometheus”(EUA/2012)
é uma prequel não explícita de “Alien, o Oitavo Passageiro” (Alien/EUA, 1979),
do diretor Ridley Scott. Ele por varias vezes tentou voltar ao tema de seu
filme de ficção cientifica que gerou pelo menos 3 outros de vários diretores
(de James Cameron a Jean Pierre Jeunet passando por David Fincher). Seria, no
mínimo, incômodo para o cineasta voltar ao assunto, ainda mais com a morte de
sua principal personagem, a astronauta Ripley (Sigourney Weaver, que chegou a
produzir o terceiro filme da série). Por isso imaginou, com os roteiristas Jon
Spaihts e Damon Lindelof (este último egresso da TV onde colaborou na série
“Lost”), uma viagem ao planeta habitado pelos estranhos seres que se inseriam
nos corpos dos astronautas. O objetivo seria diferente: ao invés de se tratar
de uma nave de carga que socorria outra perdida nesse mundo estranho seria uma
de caráter eminentemente científico, disposta a descobrir pinturas rupestres
que sabiam existir em cavernas desse planeta distante muito semelhantes a que foram
encontradas na Terra e atribuidas à criação do homem primitivo.
O
interesse da idéia passaria por inverossimilhanças, como as naves espaciais apresentarem
ruídos no espaço (sabe-se que o som não se propaga no vácuo) e, também, pela
possibilidade de uma jornada até a um planeta de outro sistema solar com uma só
tripulação, sem mudanças, ou seja, viajar numa velocidade fictícia, acima da
luz (é sabido que a luz é o limite e que além de sua velocidade a matéria se
transforma em energia). O caso não reprisa o raciocínio dos autores de “Star
Trek” que imaginam viagens siderais através de buracos negros ou um viés que
neutralize as dimensões tempo e espaço.
Mas Ridley
Soctt e a dupla roteirista não quis produzir uma “sci fi” mais “sci” do que
“fi”, ou seja, prender seus heróis em dimensões realistas. Seria um moderno
conto de fadas com meta diferente: buscar a origem da vida, não só discutir a
Origem das Espécies de Darwin, mas ir ao encontro do criacionismo, debatendo
preceitos religiosos e filosóficos.Em primeiro lugar, considerei o filme como demasiadamente pretensioso. Logo na primeira sequência há um enigma. Um ser atlético, de forma humana, está à beira de um abismo e de um objeto extrai um receptáculo ingerindo a substância lá contida. Logo se engasga, vomita, vê-se seu corpo se transformar em vasos de paredes escuras e em seguida despenca no mar. Fica por aí a exposição. Logo se passa para a nave Prometheus (que quer dizer “antevisão”, ou “luz”, pois, segundo a mitologia grega Prometeus era um deus condenado por Zeus por roubar-lhe um facho de luz para dar aos homens). Essa nave está a caminho do planeta das pinturas rupestres. Mas ele abriga, na base de uma pirâmide, seres mumificados e um outro hibernado que lembra o ser que se viu na primeira sequência. Este se mostra agressivo. E muitos astronautas morrem sugados por gosmas ou atacados por este ET gigante.
Como o filme de Scott encerra múltiplos detalhes, deixo para amanhã tratar do filme propriamnete dito.
Não sou
fã desse tipo de filme, contudo, o leitor é quem está na base da minha
responsabilidade em construir com detalhes o que vi na criação deste diretor
que embora apresentando uma instável obra, tem alguns interessantes como “Blade
Runner- O Caçador de Androides” (1982), “Thelma e Louise” (1991), “Gladiador”
(2000). Presentemente, com seu irmão Tony Scott, revela-se instigante na série
de tv fechada “The Good Wife – Pelo Direito de Recomeçar” (Universal Channel),
a qual assisto, interessada no envolvimento da personagem Alicia Florrick
(Juliana Margulies, que já foi premiada com o Globo de Ouro em 2009).
Nenhum comentário:
Postar um comentário