terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O ELEMENTO FANTÁSTICO



Eddie Izzard é Antony em "Um Toque de Felicidade"

Em DVD, estão sendo lançados alguns filmes que se apegam a elementos fantásticos como base narrativa. É o caso de “Budy Sparks, A Namorada Perfeita” (Budy Sarks/EUA, 2011) ao tratar de um jovem escritor que personaliza a figura ideal de seu novo romance, uma garota que encontra em um parque e que passa a fazer parte de sua rotina. Ela é imaginária e o ajuda a criar o melhor romance. Direção de Jonathan Dayton com roteiro de Zoe Kazan, neta do diretor Elia Kazan. Inedito em nossos cinemas.
“Um Toque de Felicidade”(Lost Christmas/EUA, 2011) é um conto natalino em que entra em cena um personagem fantástico capaz de inverter a historia e/ou manipular situações de diversas maneiras. O menino Richard, conhecido como Goose (Larry Mills) ganha de Natal um cachorrinho. O pai convida-o a passear com o animal, mas como bombeiro é chamado para um trabalho. Decepionado com a quebra do trato do pai, o garoto esconde a chave do carro. Mas o pai não desiste e sua esposa se prontifica a deixá-lo no lugar do trabalho. No percurso, morrem os dois em um desastre. Um ano depois se vê o menino transformado em “trombadinha” fazendo pequenos roubos para um amigo de seu pai que se transformou em receptador. Entra na historia o aparente mendigo Anthony (Eddie Izzard). Depois de muitas lições a Goose, o estranho faz com que as coisas se invertam, não sem criar uma corrente de novas situações interrelacionadas. Mas é bom ver o filme sem saber de detalhes. É um típico relato de Natal na linha de Charles Dickens. Boa narrativa. Direção e roteiro de John Hay, vindo da TV inglesa.
“Tudo em Familia”(Straight’t A’s/EUA, 2013) é o sexto filme do diretor James Cox. Trata de Scott (Ryan Phillipp), um ex-interno em hospital psiquiátrico presumivelmente por excesso do uso de álcool e outras drogas, que certo dia chega na casa do irmão (Luke Wilson), em Louisiania casado com sua ex-namorada. Esse retorno de Scott é para atender ao pedido do espírito de sua mãe falecida. O irmão vive viajando a negócios e o casamento não anda bem. Mas o casal de crianças, seus sobrinhos, logo devotam a ele grande estima. Scott sabe cativar os menores e inclusive ajuda o menino Charles (Riley Thomas Stewart) a se desinibir (andava sempre de paletó e gravata e tinha dificuldade em se expressar na escola).Paralelamente retoma a paixão que tinha por Katherine (Anna Paquin) agora sua cunhada. No final há uma surpresa e uma aposta na consistência do que dá ao filme o titulo brasileiro (“tudo em família”). Outro inédito nos cinemas que vale a pena conhecer.
“Para Roma Com Amor” é o novo Woody Allen (aliás, ele já tem um outro filme pronto). Seguindo a sua jornada europeia, depois de Barcelona e Paris chega à capital italiana onde focaliza varias histórias perseguindo o estilo das comédias de Dino Risi, Mario Monicelli e outros cineastas do cinema italiano de algumas décadas. O próprio Allen assume um hilariante papel, protagonizando um agente teatral que vê talento no futuro sogro de sua filha e o leva ao palco mesmo com a sua mania de só cantar no chuveiro. O comediante Roberto Benigni (de “A Vida é Bela”) tem um excelente desempenho em uma das historias. E isso é raro.
“Intocáveis”(Untochables/França 2011) foi um dos melhores filmes do ano passado não só na relação geral da ACCPA como para a crítica brasileira de um modo geral. Além disso, foi a maior bilheteria francesa em muitos anos. Dirigido por Eric Toledano trata de um tetraplégico (François Cluzet) que contrata para ajudá-lo um ex-presidiário (excelente Omar Sy). Eles se tornam amigos apesar das diferenças culturais, sociais e psicologicas. Um filme estimulante de um quadro dramático. Foi aplaudido aqui também, quando exibido numa sala de cinema. Imperdível. 

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