Nesta seçao, aos sábados, Pedro Veriano
tem "cativa" a sua "janela" (apesar de já ter o seu espaço virtual- Blog do Veriano). Mas nosso companheirismo é isso. Que a turma que gosta de seu estilo sinta o peso de sua contrariedade com as ocorrências no "cinema extra" (LMA).
O meu artigo sobre os males do projetor do Centur deu a explosão esperada na Internet. Esqueci de dizer que o Carlos Lobo praticamente montou o tal projetor. É um filho dele. E o Lobo nunca teve vocação para “mau”. Nem conhece Chapeuzinho Vermelho.
Mas em meio aos que apoiaram o meu texto surgiu quem aproveitasse a dica para exprimir jurássicas idéias sobre luta de classes. Sim, pois os críticos de cinema da comunidade, digo os mais velhos, são tidos com burgueses malditos apoiados pela mídia comandada pela mesma estirpe. Para essa turma, o problema não é só a manutenção dos projetores, escassez de programas no Estação, exibição de DVD no Olympia, enfim, o que está na pauta para se tratar e com isso prosseguir. Lembro Lampedusa que disse pelo príncipe ameaçado pelos garibaldinos: “-É preciso mudar para continuar como está”.
Sinceramente eu gostaria de ver os reclamantes de hoje à testa dos projetos de produção e exibição cinematográfica regional. Queria aplaudir a chegada de novas e profícuas idéias, de mais exibições de filmes independentes sem qualquer liame com a Hollywood dos “astros e estrelas” (and Oscar), de estudos teóricos sobre cinema ao invés de textos breves nas páginas de jornal ou blog. Queria ver até que ponto essa novidade diferiria das investidas de colegas de antanho, também advogados de mudanças a lembrar aquele personagem de “Les Belles de la Nuit” de René Clair que pedia reformas em todas as eras da história humana, mesmo na Idade da Pedra.
Seria muito interessante uma inversão de papéis e os críticos dos críticos passarem a ganhar o espaço que desejam.
Acho Belém ainda pequena para abrigar dissonâncias na área da produção cultural de forma, ouso dizer, beligerante. O melhor seria todos unidos por um ideal. O melhor seria enterrar ambições e modular reclamos com sugestões construtivas.
Mas às vezes esqueço que abriram a caixa de Pandora.
O problema das exibições alternativas existia e existe. Penso que se deve resolvê-lo e não aproveitá-lo para exibir rancores. Se os críticos fossem todo-poderosos como se quer ver, não estariam reclamando ao invés de acelerar seu prestigio com o reparo do que está escangalhado. O critico poderia saber que diabos é lâmpada excitadora, cruz de malta, tambores dentados, transformador de saída, tripas e coração das máquinas. E medicá-las a contento. Mas os críticos preferem contar o estado critico das coisas. São sentinelas do que gostam, do amor que devotam ao cinema. E amar cinema não é restringir esse amor a filmes de qualquer esquina do mundo. É paixão que vem de longe, que resiste aos verdadeiros lobos maus.
OK, o critico pode usar chapeuzinho vermelho. Melhor: chapeuzinho verde, a cor da esperança. (Pedro Veriano).
Mas em meio aos que apoiaram o meu texto surgiu quem aproveitasse a dica para exprimir jurássicas idéias sobre luta de classes. Sim, pois os críticos de cinema da comunidade, digo os mais velhos, são tidos com burgueses malditos apoiados pela mídia comandada pela mesma estirpe. Para essa turma, o problema não é só a manutenção dos projetores, escassez de programas no Estação, exibição de DVD no Olympia, enfim, o que está na pauta para se tratar e com isso prosseguir. Lembro Lampedusa que disse pelo príncipe ameaçado pelos garibaldinos: “-É preciso mudar para continuar como está”.
Sinceramente eu gostaria de ver os reclamantes de hoje à testa dos projetos de produção e exibição cinematográfica regional. Queria aplaudir a chegada de novas e profícuas idéias, de mais exibições de filmes independentes sem qualquer liame com a Hollywood dos “astros e estrelas” (and Oscar), de estudos teóricos sobre cinema ao invés de textos breves nas páginas de jornal ou blog. Queria ver até que ponto essa novidade diferiria das investidas de colegas de antanho, também advogados de mudanças a lembrar aquele personagem de “Les Belles de la Nuit” de René Clair que pedia reformas em todas as eras da história humana, mesmo na Idade da Pedra.
Seria muito interessante uma inversão de papéis e os críticos dos críticos passarem a ganhar o espaço que desejam.
Acho Belém ainda pequena para abrigar dissonâncias na área da produção cultural de forma, ouso dizer, beligerante. O melhor seria todos unidos por um ideal. O melhor seria enterrar ambições e modular reclamos com sugestões construtivas.
Mas às vezes esqueço que abriram a caixa de Pandora.
O problema das exibições alternativas existia e existe. Penso que se deve resolvê-lo e não aproveitá-lo para exibir rancores. Se os críticos fossem todo-poderosos como se quer ver, não estariam reclamando ao invés de acelerar seu prestigio com o reparo do que está escangalhado. O critico poderia saber que diabos é lâmpada excitadora, cruz de malta, tambores dentados, transformador de saída, tripas e coração das máquinas. E medicá-las a contento. Mas os críticos preferem contar o estado critico das coisas. São sentinelas do que gostam, do amor que devotam ao cinema. E amar cinema não é restringir esse amor a filmes de qualquer esquina do mundo. É paixão que vem de longe, que resiste aos verdadeiros lobos maus.
OK, o critico pode usar chapeuzinho vermelho. Melhor: chapeuzinho verde, a cor da esperança. (Pedro Veriano).
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