Drácula, a Verdadeira Historia, o fime atual.
Aproximadamente 193 filmes, entre
cinema e TV foram realizados abordando a figura de Drácula, personagem criada
pelo escritor irlandês Bram Stoker (1847-1912), com base no conde romeno Vlad Tepes que se notabilizara em seu
reinado na Transilvânia por empalar os inimigos do império otomano que foram
vencidos em guerra, chegando a beber o sangue de alguns deles. O método de
empalamento consistia em cravar uma estaca no corpo da pessoa do anus à cabeça,
e fora empregado por turcos otomanos em cristãos que se declaravam contra Maomé
ou tinham relações com mulheres muçulmanas. O método era tão bárbaro que embora
conhecido dos romanos não chegou a ser empregado por estes.
Os
filmes trataram de Drácula como um vampiro sedento de sangue. Só atacando as
jugulares da vitimas ele conseguia manter-se vivo desde que não visse os raios
solares. Para atacar os vampiros, a partir de Stoker, contou-se que era preciso
cravar uma estaca em seu peito ou afugenta-lo com alho e/ou crucifixo.
O
novo filme, “Dracula, a Verdadeira Historia” (Dracula Untold, EUA, 2014) segue
a moda de apresentar as origens de histórias que renderam filmes lucrativos. E
no caso dos estúdios da Universal isto é prazeroso até pela firma ser a que
mais prestigiou o gênero no passado de Hollywood, produzindo uma série de
filmes de monstros, tarefa do produtor Carl Leammle Jr. que afinal promoveu a
Universal a estúdio classe A.
Nesta
produção dirigida pelo irlandes Gary Shore, um estreante (fez antes um curta
metragem) cita-se o principe Vlad, que no inicio do filme está lutando para
salvar o reino dos ataques otomanos posto que estes exigiam, para manter a paz,
cem crianças para serem criadas como soldados turcos. A direção de arte tenta
sempre driblar os recursos limitados (nem tanto quanto o que se dispunha quando
o ator Bela Lugosi - 1882-1956- incorporou o tipo nos anos 30) e a fotografia
opta pelos espaços escuros nas cenas de ação. O diretor é coautor do roteiro,
escrito de parceria com Matt Sazama e Burk Sharpless. Interessa tanto as
origens do mito que o vampiro acaba sendo visto como o “mocinho” da historia,
inspirando mais simpatia da plateia do que propriamente horror. Segundo o
argumento, Vlad só se torna vampiro porque aceita um pacto demoníaco com uma
figura sinistra que mora numa caverna. Como vampiro ele pode dizimar um
exercito e completar a tarefa enviando morcegos aos ataques.
A
proposta de desmistificar certos mitos, como no caso de Malevola, é uma das
fórmulas usadas pelo cinema atual atendendo a um revisionismo imposto
pelos jovens consumidores de tramas tradicionais. Por isso o novo Dracula dista
de um Lugosi ou Christopher Lee para ser Luck Evans, inglês que protagonizou o
Aramis da ultima versão de “Os 3 Mosqueteiros”, e o detetive Fields, de “O
Corvo”(também o Zeus de “Imortais”). O tipo se torna simpático também pelo fato
de ser visto como um homem de família, apaixonado pela esposa e pelo único
filho, um garoto que o idolatra e que será seu seguidor no trono.
Pode-se
dizer que o filme é bem administrado. A linguagem linear não demonstra que se
trata de um diretor novato e os atores, apesar de exageros em alguns casos
(como o de Mirena/Sarah Gadon, esposa de Vlad) têm um bom desempenho, sem sair de
estereótipos. Afinal, o filme é comercial ao extremo e pretende dar lucro ou,
quem sabe, gerar continuações. Mesmo assim, o lançamento norte-americano não
foi auspicioso. De qualquer forma os que se ligam no gênero vão achar curioso
um Dracula no estilo galã e de bom coração. E mais: um suposto reencarnado no
mundo contemporâneo a procura de sua amada Mirena que também está de volta...
Gostei embora apresente algumas falhas me conquistou , como mais uma historia de vampiro. Gostei da versao dada sobre a origem do mito Dracula. Spoiler: o que vale a pena luta pelo povo ou familia?
ResponderExcluir15 h · Curtir
Alex Barata da Silva Essa escolha fica claro quando depois de transforma seu povo em vampiros, Vlad se ve obrigado a destruilos para salva o filho.