quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

OS MEUS MELHORES FILMES DE 2012

"A Invenção de Hugo Cabret", de Martin Scorcese, ficou em 1º lugar na minha lista de melhores 2012.  
 

Somente hoje publico a minha relação pessoal de filmes nos quais votei por ocasião da escolha de melhores exibidos em Belém no ano de 2012. Deixo de publicar a lista geral da ACCPA porque está no site da associação e também "O Liberal" já o publicou logo depois da votação. Os interessados em consultá-la devem buscar na edição de sexta feira, 30/12, de “O Liberal” e/ ou no site da entidade. Assim, abaixo, a referência aos 10 filmes e as demais categorias que foram votadas por mim.
 
1.   A Invenção de Hugo Cabret(The Invention of Hugo Cabret, EUA, 2012) de Martin Scorsese.

2.   Fausto(Faust/Russia, 2011), de Aleksandr Sokurov

3.   A Separação (Jodaeiye Nader az Simin, Irã, 2011) de Asghar Farhadi,

4.   O Artista(The Artist, França, 2011), de Michel Azanavicius.

5.   Intocáveis (Intochables, França. 2012) de Olivier Nakache e Eric Toledano.

6.   Um Conto Chinês ( Um cuento chino, Espanha/ Argentina, 2011), de Sebastian Borensztein.

7.   O Garoto da Bicicleta (Le Gamin au Veló/França, 2011), de Jean Pierre e Luc Dardenne.

8.   Precisamos Falar Sobre Kevin (We Need to Talk About Kevin, EUA,Reino Unido, 2011 )de Lynne Ramsay(UK)

9.   Pina(idem, Alemanha, 2011) de Win Wenders.

10.Drive(Idem, EUA, 2011) de Nicolas Winding Refn.

 
Entre as demais categorias dos filmes exibidos escolhi as que considerei terem promovido as grandes contribuições para o cinema neste 2012.

      ·        Melhor diretor: Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret)

·        Atores: Jean Dujardin (O Artista)

·        Atrizes: Tilda Swinton, por “Precisamos Falar Sobre Kevin(We Need to Talk about Kevin/UK)

·        Ator coadjuvante: Omar Sy em “Intocáveis” (Intouchables)

·        Atriz coadjuvante: Carey Mulligan (Shame)

·        Montagem: Thelma Achoonmaker (A Invenção de Hugo Cabret)

·        Cenografia: Martin Foley et ali (A Invenção de Hugo Cabret)

·        Fotografia: Bruno Delbonnel de “Fausto”

·        Trilha Sonora: Ludovic Burce de “O Artista”

·        Canção Original: “Thom”, de Thom Hanreich (Pina)

·        Figurino: A Invenção de Hugo Cabret / e Rolf Borzik e Marion Cito (Pina)

·        Roteiro Original: Asghar Farhadi,  de “A Separação”

·        Roteiro Adaptado: Aleksandr Sokurov, Marina Koreneva, Yuri Arabov em “Fausto”

·        Efeitos Especiais: As Aventuras de Pi

·        Prêmio ACCPA: Destaque Especial do Ano (Cinema Brasileiro) “Xingu” de Cao Hamburger (Brasil)


Os/as leitores/as poderão perguntar: porque este filme e não outro o escolhido?  
  Durante o ano, na exibição dos lançamentos das produções comerciais ou nas sessões do cinema extra - categoria inéditos, em Belém, me proponho a assistir a todos os filmes, sendo este não só um compromisso com o jornal que me emprega como uma das principais atividades que creio ser a de um associado da ACCPA, haja vista que a escolha individual recai nos filmes exibidos nesses dois espaços de arte, ou mercados, como são chamados (considerando que todos asseguram uma bilheteria).

E cada filme escolhido representa uma contribuição ao cinema. Extraio partes do que escrevi em textos anteriores sobre cada filme da minha relação:
      “Realizado em 3D, “A Invenção de Hugo Cabret” refaz a Paris dos anos 1920 de forma a que o espectador se sinta dentro do cenário. E a trama fora dos filmes mudos é muito semelhante com o que esses filmes  mostravam: do artesanato ao tema que se pode achar “clichê”. Tudo é cinema-sonho, a culminar com a homenagem a Méliès que, na verdade, jamais se deu. O criador de “Voyage dans la lune”(1902) morreu pobre e esquecido. Só muito depois de sua morte, acontecida em 1938, é que ele ganhou reconhecimento publico em documentários e coletâneas de seus filmes curtos”.
       “Faust”(Russia/Alemanha, 2010), o filme de Alexandr Sokurov, difere das demais versões, pois, capta a obra de Goethe lançando um olhar acurado sob o ponto e vista imagético da Idade Média, discutindo o mito a partir da exposição do terror imposto pela religiosidade dominadora na Alemanha do período. (...) Sokurov investe no aspecto plástico, contando com a fotografia de Bruno Delbonnel que usa o tom pastel, lembrando o sépia, para dimensionar o espaço seguido pelos personagens ao longo da caminhada que a principio é uma busca cientifica, depois, uma fuga, quando Fausto, inadvertidamente, mata um homem. Delbonnel não chega a se utilizar do recurso expressionista de Murnau mas assume a forma de um pesadelo através dos tons nada agradáveis e do uso de lentes que deformam as imagens sem que a pontuação force uma idéia de que só em determinados momentos os tipos estão caminhando por uma concepção de inferno. Continuo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário