Há 9 horas
sexta-feira, 30 de julho de 2010
ESPIONAGEM FEMININA
Centrados nos blockbuster lançados no inicio do mês, os cinemas da cidade de Belém têm, nesta sexta feira, 30, uma única estréia :“Salt”, filme de ação que evoca a espionagem russa, protagonizado por Angelina Jolie investida de uma americana imputada como espiã.
Na área alternativa ou extra será exibido o clássico “Musica de Fantasia” sátira sobre a animação “Fantasia”, realização de Walt Disney em 1940 É dirigida por Bruno Bozetto. Será o programa da Sessão Cult do Cine Libero Luxardo (Centur). “Um Segredo em Família”, de Claude Miller, dará seguimento as sessões, no mesmo cinema, em horário normal (19,30h), até domingo, dia 1º.
Dentre as continuações, “Shrek Para Sempre” mantêm-se em 3D(Sala 2 do Moviecom Pátio) e cópias em 2D nas salas do mesmo shopping e, também, do Castanheira. O filme ganha também a exibição de uma cópia com o som original e legendas (além de ser em 3D) em sessão de 21h45 no Pátio 2.
Prossegue também “Eclipse”, “Encontro Explosivo”, “O Bem Amado” e, só nas salas Castanheira, “Predadores” e o excelente “Toy Story 3”(em seus últimos dias).
Salt”(EUA, 2010) é dirigido pelo australiano Phillip Noyce (de “Jogos Patrióticos-1992”) e conta com Angelina Jolie vendendo outra vez a imagem de lutadora (no plano físico) que exagerou nas duas aventuras da super-heroína Tomb Ryder. O argumento pode ser assim resumido: uma oficial da CIA, Evelyn Salt (Angelina) fez um juramento de honra ao seu país. Mas sua lealdade será testada quando acusada de ser uma espiã russa. Salt usa todas as suas habilidades e anos de experiência como agente secreto para escapar e provar a sua inocência. O mecanismo que aplica na fuga dos perseguidores, tentando provar a sua credencial de americana, é a base da história.
Em recente entrevista a atriz que em 2009 foi candidata ao Oscar por “A Troca” disse que fez muitas cenas de luta, recusando dublê. Em que pese o tom da aventura dinâmica, a critica norte-americana não viu o filme apenas como um “blockbuster” movimentado, a exemplo de tantos títulos que surgem no período. Há comentários que definem o filme como uma ficção política utilizando-se das figuras que foram exploradas no tempo em que eram freqüentes o aparecimento dos vilões russos da “guerra fria”. Dizem haver momentos inteligentes que recuperam o gênero cinematográfico da mesmice usual que o roteiro de Kurt Wimmer não deixa, propositadamente, fugir.
O veterano crítico Roger Ebert do jornal Chicago Sun-Times concedeu ao filme quatro estrelas em seu comentário, o que vale dizer “excelente”.
Vamos confirmar.
“Musica e Fantasia”(Allegro, no Troppo; Itália, 1976) foi objeto de comentário ontem na coluna. Reunindo seis esquetes animados o diretor Bruno Bozetto brinca com o clássico “Fantasia” de Walt Disney e com mais detalhes da indústria cinematográfica majoritária. A exibição de uma orquestra de mulheres muito idosas, apresentadas dentro de uma jaula, lembra o que uma vez Hitchcock disse dos atores em geral: “são gado”. Esta afirmação jocosa deu margem à uma brincadeira que com ele fez a sua amiga Carole Lombard quando o diretor filmava “Mr and Mrs Smith”(aqui “Um Casal do Barulho”): ela instalou jaulas no “set” com cordeiros dentro. Alem disso, Bozetto tirou o seu principal personagem de uma sala de tortura onde estava algemado. O moço tímido, que jamais fala, acaba sendo o “príncipe encantado” da história. Motivos para a faixa cômica do filme.
Amanhã às 16 h fazendo a Sessão Cult do Cine Libero Luxardo.
O público tem feito seus programas numa opção entre o cinema de rua (hoje, shoppings”) e o cinema doméstico (home theatre para assistir às cópias de filmes em DVD). É o momento em que se observa tanto a inserção mundial da alta tecnologia de mídias cada vez isolando as pessoas e o gradual afastamento desse público do que antes eram chamados de “filmes de lazer”. Para compensar a baixa freqüência de algumas produções, investimentos milionários na ordem da definição de certos enredos pelos estúdios, propiciam níveis de sedução a esse público que está optando mais pelo cinema doméstico.
Sendo uma coluna de cinema, Panorama e este blog torcem para que as produções que agregam mais do que excluem e integram as pessoas possam ter um bom mercado, evitando as “sessões individuais” que não levam a nada.
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Olá, muito legal o conteúdo e as matérias do seu Blog.
ResponderExcluirConvidamos a visitar o nosso! (minervapop.blogspot.com)
Anselmo