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sexta-feira, 1 de outubro de 2010
TURISMO & PARODIA
A semana cinematográfica a começar nesta sexta feira, 01/10, apresenta duas estréias no circuito comercial de Belém/PA: “Comer, Rezar, Amar” e “Os Vampiros que se Mordam”.
A área extra lança filme inédito de Woody Allen, em Belém: “Tudo Pode Dar Certo” (Cine Estação). As continuações apresentam titulos lançados nas últimas semanas como: “Nosso Lar”, “Wall Street, O Dinheiro Não Dorme”, “Resident Evil 4, Recomeço”, “O Último Exorcismo”, “Gente Grande” e ”Karate Kid 4”. No Cine Olimpia permanece até sábado, 02/10, “A Cabeça de Mamãe” muito bom filme francês de Carine Tardieu. No Libero Luxardo, prossegue “Amores Parisienses”, comédia musical de Alian Resnais. E no CC Alexandrino Moreira (IAP), na segunda feira, 4, será exibido “Três Mulheres" (EUA, 1977) de Robert Altman, com Shelley Duvall, Sissy Spacke e Janice Rule.
“Comer. Rezar, Amar” (Eat, Pray, Love/EUA,2010) é o filme extraído do best-seller de Elizabeth Gilbert sobre uma norte-americana deprimida pelas relações sentimentais insatisfatórias e que procura sair desse estado de ansiedade usando a estrategia de viajar para conhecer não só o mundo mas a si mesma. Circula pela Itália, pela Índia, por Bali e entre passeios por lugares turísticos e comidas típicas vai encontrando a paz interior que persegue. Mas isso só se completa quando encontra que acha ser o seu verdadeiro amor.
A autora foi recentemente entrevistada em um programa brasileiro de televisão. Ela confessou o lado autobiográfico do texto de seu livro e se disse satisfeita com o que foi transferido para o cinema, especialmente pela escolha de Julia Roberts para o papel principal. A crítica internacional também saudou Julia embora não viu no filme mais do que uma espécie de “publicidade de agência de viagem”.
Filmado nas diversas locações, o resultado em mais de duas horas deve encantar quem gosta de passear através das telas em cenários que desejaria conhecer pessoalmente e sabe que não conhecerá (ou se conheceu preza em rever). O gênero de filme já deu margem a muitos exemplares interessantes, lembrando a Veneza de “Quando o Coração Floresce” (Summertime), de David Lean. Mas o diretor Ryan Murphy não exibe um currículo promissor e se a fotogenia ambiente não der conta, o programa pode ser até cansativo. É ver para avaliar.
“Os Vampiros que se Mordam” (Vampire Suck/EUA, 2010) vai de parodia aos filmes de vampiros que hoje dominam o gosto da juventude. O argumento centraliza a ação em Becca, uma adolescente ansiosa que não é vampira, está indecisa entre dois garotos e antes de conseguir escolher precisa aclimatar o pai controlador, que a faz passar embaraços tratando-a como criança.
A idéia é justamente canalizar a atração da saga recriada por Stephanie Meyer, a partir de “Crepusculo”, com as comédias colegiais. Mas a direção de Jason Friedeberg e Aaron Seltzer não estimula. Eles foram os responsáveis pelo terrível “Espartalhões” e ainda “A Liga da Injustiça”. Longe, portanto, da verve de um David Zucker do grupo “Apertem os Cintos o Piloto Sumiu”e/ou”Corra que a Policia Vem Aí”.
“Tudo Pode Dar Certo”(Whatever Works/EUA,2009) é uma comédia dirigida por Woody Allen, o que vale dizer um filme inteligente. O problema desta vez é que Allen concebeu o protagonismo do irriquieto Boris Yelinkoff, para si. Mas não quis interpretar. Deu a chance para Larry David e daí, qualquer espectador que conheça Allen de tantos sucessos percebe a falta de entrosamento do tipo. Mas não deixa de ser interessante ver Boris falando para a câmera todo tempo, estimulando uma interatividade da platéio que estimula o riso. É filme para ser visto sem falta pelos que gostam do ator/cineasta de “Annie Hall”, “Manhattam”, “A Rosa Purpura do Cairo”,e/ou “Match Point”. No Cine Estação a partir de 4ª. Feira apenas em sessões noturnas (18 e 20h30).
“Três Mulheres" (EUA, 1977) traz Robert Altman com elenco feminino inteligente para o CC Alexandrino Mereira. O intimismo e a “alma” do micromundo destas mulheres explora uma incisiva discussão.
TONY CURTIS E ARTHUR PENN
A coluna registra duas perdas expressivas para o cinema: Tony Curtis e Arthur Penn. O primeiro foi um dos atores mais populares dos anos50/60.Versátil, fez comédias clássicas como “Quanto Mais Quente Melhor” e dramas densos como “A Embriaguez do Sucesso” e “O Homem que Odiava as Mulheres”. Penn dirigiu obras-primas como “Mickey One”, ”O Milagre de Ann Sullivan”, ”Caçada Humana” e “Bonnie & Clyyde”. Os dois merecem homenagens dos cinéfilos e por aqui ganharão exibições de seus filmes mais notados através do circuito da ACCPA.
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