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domingo, 31 de janeiro de 2010
ALMODOVAR E MUITOS EXTRAS NA SEMANA
A estréia mais promissora da semana cinematográfica que iniciou nesta sexta,29/01, no circuito comercial está nas salas Moviecom: “O Fim da Escuridão”, filme que marca a volta de Mel Gibson após um período expressivo fora das telas seja como ator seja como diretor. Está sendo exibido, ao que parece em caráter de pré-lançamento, em sessões noturnas, “Premonição 4”, possivelmente o fecho de uma franquia que objetiva assustar a platéia.
No plano especial, a ACCPA exibe no sábado,30,na Sessão Cult do Cine Libero Luxardo, o clássico “Cabaret” de Bob Fosse, sem dúvida um dos musicais mais inteligentes da história do cinema, veículo para Liza Minnelli se projetar na área em que brilhou Judy Garland, sua mãe e, também, seu pai, Vincente Minnelli, diretor de dramas e musicais que marcaram época como, respectivamente, “Assim Estava Escrito” (1952) e “Gigi” (1958).
Na Sessão Aventura do cinema Olympia, no domingo, 31, estará “A Bolha Assassina”, a ficção-cientifica versão de 1958, que entre outros méritos lançou o ator Steve McQueen e popularizou a canção-tema composta por Burt Bacharach, The Blob.
No Cine Clube Alexandrino Moreira (IAP), na 2ª feira, 01/02, será exibido o excelente documentário de Peter Davis “Corações e Mentes” (1974).
No Cine Libero Luxardo, em sessões normais (19h30) até 31/01, exibe-se “Paris” (2008), o elogiado filme de Cédric Kaplish. Depois, (de 4 a 7/02) a exibição é Abraços Partidos, de Pedro Almodovar.
E no Cine Olympia, até domingo, 31, às 18h30, o clássico “Fogo de Outono” (Dodsworth, 1936), de William Wyler, com Walter Huston e Mary Astor. Em seguida (terça feira) ém cartaz , “Grandes Esperanças” (Great Expectations, Inglaterra, 1942), dirigido por David Lean, com John Mills, Alec Guiness e Jean Simmons.
“O Fim da Escuridão” (Edge of Drakness/EUA, Ingl., 2009) tem a direção do neozelandês Martin Campbell e aborda a angústia do policial interpretado por Mel Gibson que testemunha o assassinato da filha ativista, na porta de sua casa, e sabe que o alvo era ele. Investigando o caso descobre uma teia de corrupção política envolvendo a indústria de armas, inclusive nucleares. O roteiro é de William Monahan e Andrew Bovell e se baseia numa série de TV de 1985, criada por Troy Kennedy-Martin.
“Premonição 4” (The Final Destination/EUA, 2009) segue as outras “premonições” que se iniciaram quando um jovem percebe que o avião em que viaja a sua turma de colégio vai cair. Os que atendem ao seu presságio e não viajam são mais tarde “cobrados” pela morte. Neste enfoque é predito um desastre grave numa prova automobilística. Como nas outras vezes, quem escapa é perseguido pela “ceifeira”. A direção é de David R. Ellis.
“Cabaret” (EUA/1980) é o filme mais aplaudido dirigido pelo coreógrafo Bob Fosse (mesmo contando com a Palma de Ouro em Cannes por “All That Jazz” que dividiu com “Kagemusha” de Kurosawa, em 1980). Liza Minnelli protagoniza uma cantora norte-americana que trabalha em um cabaré na Berlim de entre as duas guerras mundiais. A inflação galopante, a hesitação política entre o comunismo que triunfara na Rússia e o nazismo emergente ambientam o namoro dela e do professor Brian Roberts (Michael York) que tenta ensinar inglês na tumultuada capital alemã.
Com números musicais criativos e performance marcante (Oscar por essa categoria) de Joel Grey, traça-se um painel da chegada do regime autoritário e conseqüentemente da tragédia que seria a 2ª Guerra Mundial. O filme foi cotado entre os 50 mais importantes da história do cinema no século XX, por uma pesquisa internacional.
“A Bolha Assassina”(The Blop/EUA, 1958) pertence ao grupo de filmes de ficção-cientifica que explora o terror vindo do espaço sideral, na época, uma forma de dimensionar a “ameaça vermelha” como estipulava a chamada “guerra fria” entre EUA e URSS. Um meteoro traz uma bolha que se alimenta de objetos (e pessoas) e vai crescendo desmesuradamente. Do filme ficaram a música e o ator estreante (o mais tarde muito popular Steve McQueen). A direção é de Irvin S. Yeaworth Jr.
“Corações e Mentes” (Hearts and Minds/EUA, 1972), o documentário mais evidente sobre a Guerra no Vietnam. O diretor Peter Davis mostrou o conflito de forma imparcial, fugindo à propaganda que se divulgava pela grande indústria do cinema em filmes como “Os Boinas Verdes” (1968), de John Wayne, Ray Kellogg e Mervyn Le Roy. Nas seqüências ainda hoje aterradoras encontra-se a que se tornou célebre: a da criança queimada com napalm.
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