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terça-feira, 1 de junho de 2010
SEX AND THE CITY 2
A série de TV baseada nas histórias da escritora Candance Bushnell foi sucesso principalmente nos anos 90. Com roteiros de Darren Star (94 episódios), Jenny Bicks (16 episódios), Cindy Chupack (16 eps), Julie Rottenberg (6 eps), Elisa Kuritsky (6 eps), Allan Heinberg (4 eps), Nicole Avril (2 eps), Terri Minsky(2 os), Amy Harris (1) e, ainda, da própria escritora (94 eps) e de Michael Patrick King (31 eps), esteve nas emissoras de muitos países, inclusive o Brasil, de 1998 a 2004. Em 2008, Michael Patrick assinou a direção de um longa para cinema. Foi um sucesso surpreendente para quem pensava que as aventuras de 4 amigas em Nova York haviam se exaurido na telinha por 6 temporadas. E estimulado por Sarah Jéssica Parker, uma das personagens (interpreta Carrie) que entrou na produção, o mesmo cineasta voltou à carga com este “Sex and the City 2” ora em cartaz internacional.
Em foco Carrie, Samantha (Kim Cattrall), Charlotte (Kristin Davis) e Miranda (Cynthia Nixon). Elas se encontram em algum lugar de Nova York para jogar conversa fora. E surgem os problemas conjugais, o cuidado com os filhos (no caso de Charlotte), o desejo de aventura e, no caso de Samantha, o fator sexo (até como um desafio para a idade - é a mais velha do grupo).
Neste novo roteiro, a voz de Carrie narra o que se passa com o grupo nas últimas décadas. Faz, portanto, um “replay” (só com a narração oral) do que elas inventavam e continuam a fazer, de como mantém uma amizade que vem dos tempos de estudantes. Casada com Big (Chris Noth)há dois anos, escreve livros sobre a relação no casamento. Sua experiência é matéria para um próximo volume. O casal procura manter a união em vigor, embora nem sempre o marido esteja disposto a freqüentar as festas que a esposa costuma agendar. Quando o filme inicia, eles são vistos num casamento gay de amigos em comum. A cerimônia é bem um retrato do temperamento “politicamente incorreto” (como dizem sem medo de repetirem um velho refrão) do grupo. A seqüência ganha a participação esfuziante de Liza Minnelli, que canta e dança como uma jovem (embora já some 64 anos, feitos em março passado). Depois disso, na intimidade, o casal vê televisão. Ele prefere filmes antigos e sintoniza “Aconteceu Naquela Noite”(It Happened one Night/1934). Ela critica, mas usa a cena em que Claudette Colbert mostra a perna para conseguir uma carona como estimulo sexual. Em tomadas seguidas sabe-se que o casal resolve manter dois dias afastados durante a semana para trabalho e como forma de revigorar a união. Parece dar certo até quando Carrie aceita viajar com as amigas, convidada por Samantha, a uma viagem ao Oriente Médio atendendo ao convite de um sheik. Ali ocorrem verdadeiros testes para algumas personagens. Charlotte, por exemplo, deixa, a muito custo, seus filhos menores. E na terra distante, gozando de um luxo que jamais ganhariam com as suas finanças, encontram novidades, como um ex-namorado de Carrie e um grupo de mulheres vestidas com burcas que as acolhe e mostram, por trás de suas roupas exigidas pelos preceitos religiosos locais, trajes bem modernos. Uma das características das nova-iorquinas é a troca de vestidos. O seriado e os filmes longos mostram sempre verdadeiros desfiles de modas. Isto é parte de um ingrediente que atrai as espectadoras. As estatísticas mostram que a série é mais vista por mulheres. E não se diga que é alijada pelos homens. Exceto certa ala da critica que jamais aceita um tema leve com uma proposta que entre sorrisos faz um apanhado irônico do desempenho de uma faixa social na virada dos séculos.
O foco mais evidente em “Sex and the City 2” é o relacionamento de Carrie e Big. Quando ela se deixa beijar por um antigo namorado numa rua da cidade oriental, o fato é relatado ao marido (a ética dela é jamais esconder qualquer coisa dele) e o possível estremecimento na relação ganha certo suspense a ser estimado no final.
A parte hilária, por conta principalmente de Samantha, é mínima, embora realmente engraçada. O filme é endereçado às pessoas que conheceram e simpatizaram com o quarteto da classe média alta, na série. Quem conhece o ambiente onde as personagens vivem aprecia ainda mais as situações em que elas se metem. Mas isto não quer dizer que por aqui seja um enigma. No todo é um programa divertido. Lógico que não sobre nada de cinema denso. Não é filme para a crítica. E quem vai ver sabe disso. Da telinha para a telona é apenas uma esticada de dimensão do quadro e de tempo da ação.
Cotação:* (Razoável)
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